21.2.09

Tudo perece, mas também tudo precede

Idiomas falados no mundo são coisas que quase nunca pensamos no nosso cotidiano se não convivemos com falantes de outras línguas. E, no entanto, eles estão lá. Todo dia, em todos os cantos e recantos deste mundão, sendo meio de expressão de grupos ao mesmo tempo em que é expressão do multiverso cultural das comunidades humanas. Aliás, dizem pesquisas da neurolinguística que cada vez que falamos uma palavra ela ativa uma porção neural e quando falada em outro idioma ativa outra região neural. por isso aconselha-se o aprendizado de idiomas para pessoas maduras, pois esta atividade permite que as sinapses continuem acontecendo. Importante preventivo as doenças degenerativas do cérebro.
E embora a gente pouco pense sobre os idiomas, eles como tudo o mais também nascem e morrem. Alguns deles, como o latim, são línguas mortas (pois não são mais faladas no cotidiano de comunidades), mas estão guardadas por estudiosos nas universidades, dada a sua importância como língua mãe de diversos outros idiomas. Outros não têm a mesma sorte e desaparecem.
Unesco - pesquisa
Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.
"Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.
Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.
O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia.O Atlas indica ainda que as regiões da América do Norte, América Latina e Ásia concentram o maior número de idiomas em perigo.
A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China.
"O perigo é maior nas regiões onde há maior diversidade"

Nenhum comentário: