O que é realidade?

Explicar e compreender os fenômenos e os eventos de nós mesmos e do mundo é um desejo que movimenta a aventura e a evolução do homo sapiens sapiens. Nesta aventura inventaram-se as mais variadas maneiras de produzir estas explicações. Também foi preciso inventar as formas de mantê-las no tempo, passando-as de gerações em gerações. A verdade e poder dos grupos sociais apresentaram formas de se legitimarem através da autoridade, conforme ensinou o sociólogo Max Weber. A autoridade e as verdades se legitimam na Antigüidade através da representação divina desenvolvida com as primeiras grandes tecnologias de domínio da natureza (irrigação, diques,escrita, arquitetura e engenharia civil, astronomia...). As sociedades da propriedade privada baseada na tradição, organizando-as em castas, patriarcais, mesmo que religiosas. Depois as modernas sociedades do ocidente que legimam suas verdades baseadas na autoridade racional/legal/burocrática/científica. Em última instância isso tudo quer dizer que sempre existe um paradigma, uma cosmovisão, uma cultura que coloniza e faz com que vejamos "uma realidade". A partir desse código de significados e referências, com nosso livre-arbítrio atuamos, agimos, interagimos, reagimos e fazemos a vida continuar em seu processo.
As sociedades baseadas no direito a vida e qualidade de vida do planeta Terra hoje e no futuro precisam desenvolver valores que a sustentem. Entre eles a participação consciente e responsável de todos na construção do coletivo, enquanto sistemas complexos. A democracia direta, radical e planetária, parece ser, o projeto político-social de organização do poder e das decisões que viabiliza e oportuniza este ideal.

Agora escutem como que o jornalista Ivan Lessa define a realidade:
"Assim como a realidade é uma ilusão, provocada pela ausência de drogas no organismo."
Genial! É uma ótima maneira de pensarmos na sociedade atual como um contexto narcotizador das mentes. E pensar que o grande motivo dessa sociedade narcotizada é o anseio pela riqueza material.
O que vocês pensam?
Aguardo comentários, prof. Silvia.